A Vulvodínia é um tipo de dor que pode se manifestar como uma ardência ou picada, ou agulhada associada à hipersensibilidade local da vulva , que pode ser provocada pelo contato ou pode ocorre espontaneamente. É a causa mais comum de dor durante a penetração no ato sexual em mulheres abaixo dos 30 anos. Sua causa é multifatorial e pode incluir componentes neurológicos, genéticos, hormonais, psicológicos, interpessoais e musculares.
Precisamos ressaltar que Vulvodínia para ser diagnosticada é necessário a paciente apresentar desconforto ou dor vulvar crônica, de duração mínima de três meses, caracterizado como ardor, irritação, prurido ou sensação de “picada”. Esses sintomas não devem ser associados à infecção, dermatose, doença neurológica ou neoplasia identificável na região genital.
Essa condição clinica é submetida a uma classificação em generalizada e localizada, sendo cada uma dessas subdivida em provocada, não provocada e mista, de acordo com a característica dos sintomas
Localizada
A vulvodínia localizada caracteriza-se pela dor ao toque em área específica: vestíbulo (vestibulodínia), clitóris (clitorodínia) ou unilateral (hemivulvodínia). Corresponde a 80% dos casos. As mulheres acometidas relatam dispareunia ou evitam o coito devido à dor em intróito vaginal. A dor pode durar horas ou até dias após a relação sexual.
Generalizada
A vulvodínia generalizada é descrita como dor ou queimação na vulva, incluindo monte pubiano, grandes e pequenos lábios, vestíbulo e períneo. A dor pode ser constante ou intermitente, de surgimento abrupto ou gradual, variando de leve desconforto a dor intensa que limita as atividades diárias (como sentar-se).
Tratamento
O tratamento multidisciplinar para dor genital é relativamente novo, porém, fundamental e responsável pelo sucesso do tratamento, no qual uma especialidade complementa a outra. A diretriz padrão para tratamento da dor genital em mulheres identifica a combinação de educação no manejo da dor, fisioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico, terapia sexual, abordagens médicas e farmacológica
O tratamento Clínico inclui
⇒Dieta- eliminar irritantes vesicais em mulheres com sintomas urinários (alimentos ácidos, álcool) chocolate; cafeína; adoçantes; pimenta)
⇒Eliminar irritantes ⇒ Sabonetes neutros
⇒ Óleos vegetais (lubrificação)
⇒Medicamentos
⇒ Injeção local toxina botulínica
⇒ Bloqueio nervoso
Tratamento Fisioterápico
A Fisioterapia utiliza técnicas como a cinesioterapia, com exercícios de propriocepção e coordenação motora da Musculatura do Assoalho Pélvico , auxiliada ou não por biofeedback, terapia comportamental, eletroneuroestimulação e também modalidades de calor. O fisioterapeuta orienta também o uso de dilatadores, banhos quentes, óleo vaginal e sobre orientações sobre a posição sexual. Os exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico promovem o aumento do desejo sexual e a melhora da libido, dessa forma contribuindo para o bem estar da paciente. ❤