Texto que escrevemos para o site Sexo sem Duvida, vale conferir o site todo, inclusive os nossos posts lá.O site tem muita informação de qualidade sobre a Sexualidade
Se você é uma mulher que sofre com uma dor na relação sexual, é possível que você já tenha pensado em não contar isso para ninguém.
Talvez você já tenha pensado em não fazer nada a respeito, torcendo para que o problema desaparecesse.
Ou talvez você até já tenha adquirido um medicamento qualquer para tentar solucionar e não passar por constrangimentos de falar com alguém sobre essa dor.
Você pode até pensar “como algo que é para ser prazeroso e excitante pode causar tanto sofrimento?!”
A dor na relação sexual é uma realidade angustiante, já que a expectativa era de algo no mínimo prazeroso, mas infelizmente acontece a dor.
E não são poucos os casos.
Estudos mostram que aproximadamente 2 de cada 10 mulheres brasileiras dizem sentir dor na relação sexual.
Mesmo assim, não é “normal” sentir dor na relação.
Dispareunia é o nome dado para a dor durante ou após a penetração do pênis na vagina, e que pode ter consequências como :
Essa condição tem diferentes causas, podendo ser fatores orgânicos, mas sobretudo, fatores psicossomáticos e emocionais.
A experiência sexual deve ser saudável, prazerosa e excitante.
Então, vamos citar 09 possíveis causas para essa dor estar se manifestando.
Só antes mais uma informação; Homens também podem ter dor na relação sexual, não é uma questão puramente feminina, mas este será outro assunto, neste momento vamos falar das dores na mulher.
Conheça 9 possíveis causas de dor na relação sexual que mais afligem as mulheres, e como você pode encontrar a solução:
Algumas mulheres demoram um pouco mais para ficarem lubrificadas e algumas não conseguem lubrificar o suficiente.
Isso é perfeitamente normal, mas se esse problema está lhe causando dor é porque a falta de lubrificação aumenta o atrito entre as paredes da vagina e o pênis, causando além de dor, ardência.
Com a menopausa, a lubrificação pode ficar reduzida, ou mesmo desaparecer, isso acontece porque nessa fase são alterados os hormônios para a lubrificação.
Se a causa for hormonal o Ginecologista pode ajudar com a prescrição de remédios adequados, já a Fisioterapia pode prescrever exercícios para estimular o aumento de fluxo sanguíneo no local e com isso melhorar a sua lubrificação sem medicação.
Mas um bom lubrificante íntimo também já ajuda muito e não tem nada de errado em usá-lo.
No vaginismo a mulher não consegue permitir a penetração, ou às vezes, ela até consegue penetrar uma pequena parte.
Algumas mulheres chegam a ter dificuldade até para fazer uma consulta ginecológica ou mesmo para utilizar um absorvente interno.
É uma disfunção sexual cuja a causa pode estar associada a problemas emocionais.
No vaginismo, a mulher não tem controle sobre os músculos que tem na vagina, e esses músculos fecham a passagem para o pênis.
A mulher pensa até que tem uma “parede” na vagina dela.
A Fisioterapia pélvica age na reeducação e no controle muscular, é indicada certamente, e o Psicólogo e Terapeuta sexual auxiliam no controle das emoções, quando feito em conjunto esse resultado é muito eficaz e a solução vêm.
A vaginite é uma inflamação da vagina.
Ela não só provoca desconforto durante a relação sexual, como também pode gerar corrimento vaginal e ardor.
Estas condições são comuns e incluem infecções por fungos e bactérias, causam uma sensação de ardência e podem até gerar uma memória dolorosa durante a relação, e com isso, mesmo após tratamento dessa infecção a mulher pode ainda apresentar algum grau de dor.
Essa condição, onde a mulher apresenta dor após um quadro infeccioso já solucionado é rotineira nos consultórios dos profissionais que cuidam da sexualidade.
Através do exame ginecológico, o médico ginecologista pode prescrever o medicamento adequado.
São pontos de disparo dolorosos que aparecem em todos os músculos do corpo (sabe aquela dor na musculatura perto do pescoço após um dia tenso? essa mesma), e pasme, isto ocorre nos músculos da região íntima também.
São locais que ficam acometidos de sensibilidade dolorosa e precisam ser desativados.
Esses pontos musculares dolorosos podem ter causas diferentes, como, por exemplo, um pós-parto ou uma relação em que a mulher não estava totalmente excitada.
Esses pontos são pequenos e tensos “nós” nas fibras musculares que doem quando pressionados e que podem até refletir a dor em outros locais do corpo.
A terapia manual realizada pela Fisioterapia Pélvica é capaz de localizar e eliminar esses pontos dolorosos.
Esta é uma condição na qual o tecido semelhante ao que reveste o útero (tecido endometrial) cresce fora do útero, esse tecido pode comprimir as estruturas internas e causar dor no sexo, mas que aqui também pode gerar dor mesmo sem relação sexual.
A Ginecologia pode prescrever medicamentos que auxiliam no controle da endometriose. Há também a opção de cirurgia para retirada desse tecido.
Já para tratar a dor na relação sexual, a terapia manual feita pela Fisioterapia reduz e controla esses sintomas dolorosos.
Essa doença inflamatória faz com que os tecidos profundos se tornem muito inflamados e a pressão da relação sexual cause dor profunda.
Ocorre assim, essa infecção tem seu início na vagina e vai evoluindo até atingir o útero, as trompas e os ovários.
Pode se espalhar por toda a região pélvica, e pode se agravar e espalhar pelo abdômen também.
Geralmente afeta as adolescentes e jovens sexualmente ativas que possuem vários parceiros sexuais, que não usam camisinha e que mantém o hábito de lavar internamente a vagina.
O Ginecologista pode tratar essa doença, mas o mais importante aqui é a prevenção, sexo com segurança sempre, usando preservativo e não usar duchas internas para lavar a vagina.
Isso se refere à dor crônica que afeta os órgãos sexuais externos de uma mulher – coletivamente chamados de vulva – incluindo os lábios, o clitóris e a abertura vaginal.
Pode ocorrer em apenas um ponto ou afetar diferentes áreas juntas.
A mulher relata ardência quando é tocada, ou mesmo ardência de forma espontânea!
É sério, a mulher pode ter dor andando de bicicleta, ou mesmo com uma calça justa.
Ela sente como se estivesse “pegando fogo”.
O diagnóstico da Vulvodinia inclui a exclusão de outras causas, que podem confundir por ter sintomas parecidos.
Um profissional especializado em disfunção sexual ajuda muito.
Aqui é importante ter o auxílio de mais profissionais.
Há medicamentos prescritos pelo Ginecologista, há Fisioterapia Pélvica que usa de terapia Manual, exercícios com biofeedback (técnica de aprendizagem muscular) e eletroestimulação para reduzir a dor.
A Nutricionista é muito importante, pois existem certos alimentos a serem evitados, e o Terapeuta Sexual e Psicólogo, auxilia no aspecto emocional, onde a Terapia Comportamental Cognitiva é a indicada.
Não é nada incomum sentir dor durante o sexo, no momento de retomar a vida sexual após o parto, especialmente se você sofreu uma laceração no períneo (rasgo do tecido em caso de parto normal), ou a episiotomia (corte dado para facilitar a saída do bebê).
Muitas vezes é devido a problemas nos músculos do assoalho pélvico, que é a região que se estende do osso púbico ao cóccix.
Esses músculos revestem a bexiga, o intestino e o útero, e ajudam a controlar a urina, a evacuação e as funções sexuais.
Esses músculos podem sofrer o que chamamos de espasmos (que é um tipo contração muscular intensa e dolorosa) durante o parto, ou mesmo até durante a gestação.
Os resultados são: nervos inflamados, “pontos de gatilho” e músculos cronicamente contraídos e dolorosos.
Com tudo isso, já dá para imaginar que após um procedimento cirúrgico, pode gerar pontos dolorosos, e se você teve um parto cesariana e apresenta dor, essa pode ser a causa do seu problema.
Às vezes a cola, ou os pontos utilizados na sutura, causam um tipo de aderência em vários tecidos, causando dor por causa da retração, e é fundamental “soltar” esses tecidos para tratar essa dor.
Aqui a Terapia manual feita pelo Fisioterapeuta pélvico é bem eficaz, é possível também realizar alongamentos específicos para relaxar esses músculos e com isto eliminar a dor.
É uma doença que se manifesta de forma crônica, ou seja, é uma dor que a pessoa sente por toda a vida, na região da pelve.
Pode ser um desconforto levinho, ou mesmo uma dor bem severa, e pode também ter dor na hora do sexo.
A mulher também relata desejo contínuo de urinar e ardor vaginal.
O que muitas vezes se confunde é que parece com uma infecção urinária, mas na maioria dos casos de cistite intersticial o exame de cultura da urina não mostra nada.
É importante saber que esses sintomas podem se tornar mais intensos e até mais graves se uma pessoa com cistite intersticial pegar uma infecção urinária, por isso é sempre importante ter o acompanhamento dessa doença.
O Psicólogo Terapeuta Sexual é muito importante em disfunções crônicas, este profissional é muito eficaz para lidar com essa causa.
A Fisioterapia pélvica e a ginecologia também ajudam no controle e combate a dor.
Outra opção também a ser considerada é acupuntura para alívio e controle da dor.
Apesar de ser algo muito chato, sentir dor ao invés de prazer durante o sexo, saiba que as dores no sexo têm tratamento, e muitas mulheres conquistam uma vida sexual saudável e prazerosa após buscarem o tratamento adequado.
A dica é buscar o autoconhecimento, estimular a cumplicidade do casal e ir atrás da solução correta.
O processo de tratamento da dor no ato sexual é o verdadeiro empoderamento da mulher, pois permite o controle do seu corpo e da sua sexualidade.
Fique sempre à vontade conosco. Estamos aqui para lhe ajudar. Se tiver qualquer dúvida nos escreva e vamos lhe orientar para a solução.
Referências: