“Dor e falta de Interesse Sexual iam destruir meu casamento”

“Dor e falta de Interesse Sexual iam destruir meu casamento”
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Procurei a fisioterapia pélvica por causa da minha mãe, ela estava se queixando de perda urinária e acompanhei ela na consulta. Não tinha ideia alguma de que era algo que eu podia fazer uso. Mas na consulta dela eu vi a fisioterapeuta perguntar sobre a vida sexual e explicar a causa da pergunta, justificando a relação da região intima com a condição da perda de xixi e da vida sexual. Apesar da pergunta ter sido bem discreta, eu percebi que minha mãe estava mais a vontade que eu com o assunto, e eu fiquei um pouco incomodada.  Quando saímos peguei o contato da terapeuta para dar para uma colega como desculpa. Passado algumas semanas entrei em contato com a fisioterapeuta perguntando sobre aquela explicação de sexo que ela deu para nós na consulta. Vi que ela leu e não respondeu na hora, e juro que me chateou. Achei que minha mãe tinha sido usada e tal. Mas no final do dia, a fisioterapeuta me respondeu, se desculpando, pois, estava atendendo e não tinha conseguido responder naquele momento. Ficamos trocando mensagens ainda por algum tempo e ela me explicou como o que ela chamou de assoalho pélvico era importante no sexo e na eliminação da urina e fezes. Fiquei encantada com tudo aquilo, nossa conversa evoluiu ao ponto de eu entender que eu não tinha uma vida sexual boa. Na verdade, eu já sabia, não procurava meu marido e não gostava de ter sexo, quase sempre doía e eu queria que acabasse logo. Mas não falávamos sobre o assunto, só íamos levando.  Com essa conversa com a profissional resolvi falar sobre o assunto com minha terapeuta e vi que talvez fosse a causa de algumas questões estarem mal resolvidas no meu relacionamento. Dor e falta de Interesse Sexual iam destruir meu casamento, vi que meu desinteresse era porque não era bom, e estava por um fio nosso casamento. Amo meu marido, mas não conseguia mudar esse comportamento sobre o sexo.

Então resolvi tentar, procurei a fisioterapeuta novamente e perguntei se tinha como melhorar aquela dor e mudar meu comportamento sexual, porque eu tinha que fazer a minha parte, não estava sendo honesta com meu marido nesse aspecto. Se eu fizesse minha parte e não desse certo eu falaria com ele, mas eu ia tentar. Primeiro ela me pediu para fazer alguns exames com meu ginecologista para avaliar algumas possibilidades e começaríamos as sessões. Começamos com um espelho e um aprendizado sobre mim mesma, aí começaram exercícios, e gente eu não tinha ideia e quanta coisa u podia fazer com minha vagina, kkkk. Ela até escreve, kkkkk. Minha atenção ao meu corpo mudou, penso na minha vagina de outra forma, era como se eu ignorasse a existência dela, coitada!

Fizemos tratamentos para dor, e descobri m tipo de dificuldade de penetração que a Fisio chamou de um vaginismo parcial, e continuamos…. fizemos várias coisas que não sei explicar, um tipo de choquinho, um monte de exercícios, e fui me conhecendo. Até que um dia eu resolvi testar. Eu comecei a insinuar que queria ter uma relação sexual para meu marido de forma meio despretensiosa. Ele não entendeu, e ui indo, enfim, a coisa foi ótima, e não posso dizer que estou 100% ainda, porque é um aprendizado continuo, mas meu marido mudou radicalmente comigo com essas novas investidas. Eu sei que a dor deu lugar a um prazer e uma sensação de que sou uma mulher completa. Muita gratidão a essa nova etapa da minha vida. E a Fisioterapeuta Marcia que soube me mostrar esse caminho novo.